terça-feira, 29 de junho de 2010

Capitalismo amoroso

Eu, homem marxista e comunista
Me apaixonei por uma burguesa
E como sempre fui otimista
Já temia minha tristeza
A bela capitalista
Se apossou do meu coração
Monopolizou meu tempo
Multiplicou o meu tesão
Mas uma maldita crise
Desestabilizou o relacionamento
Inflacionou minha angustia
E despediu meu sentimento
E hoje meu pobre amor
Proletário do meu coração
Está desempregado e foi trocado
Por um sentimento mais moderno: a solidão

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Minha vaidade

Tudo que quero é ser eterno
Seja no céu, ou seja, no inferno
Seja em marte, ou seja, na lua
Na memória do computador ou na sua
Tudo que quero é ser lembrado
Por ter sorrido ou por ter chorado
Ser lembrado por que sou normal
Por ter sido bom ou por ter sido mau
Ser lembrado por ser piedoso ou ser cruel
Por ter traído ou ter sido fiel
Eu só quero estar vivo na historia
Por meus fracassos ou glorias
Que o mundo não me esqueça
Que minha imagem não pereça
Vou ser lembrado por tudo que fiz sem razão
Por minhas loucuras e por minha paixão